Escola Municipal Hermenegildo B. de Oliveira
Disciplina: História
Série: 8º ano do vespertino – Aula: 16
Professor: Itamiram Alves (Iram)
Aula semanal: 23 à 27/07/2021
Carga horária: 03 horas aulas
A Independência das
colônias espanholas na América ocorreu após quase 300 anos de domínio
colonial e resultou na formação de 18 novos países.
Antecedentes
Os movimentos de
emancipação estiveram divididos em três fases denominadas:
·
Movimentos precursores - 1780 a 1810
·
Rebeliões fracassadas - 1810 a 1816
·
Rebeliões vitoriosas - 1817 a 1824
O império colonial espanhol, desde o
século XVIII, estava dividido em quatro vice-reinados e quatro capitanias
gerais:
·
Nova Espanha: composto pelo México e parte dos Estados Unidos.
·
Nova Granada:integrada pelos atuais territórios de Colômbia, Panamá e Equador,
·
Peru: correspondente ao
Peru;
·
Rio da Prata: constituía a área equivalente a Argentina, Uruguai, Paraguai e
Bolívia.
Por sua parte, as capitanias-gerais
equivalem territórios de Cuba, Guatemala, Venezuela e Chile.
Veja
também: América Espanhola
Causas
As independências
das colônias da América Espanhola ocorrem no século XVIII quando as ideias como
liberalismo e autonomia começavam a conquistar as elites criollas.
Além disso, podemos
citar como causas:
·
A influência da Independência dos EUA;
·
O desejo de substituir o pacto colonial pelo livre comércio;
·
A expansão do Império napoleônico que ocupou a Espanha e destituiu o rei
Fernando VII;
·
O apoio militar do Haiti;
·
O apoio financeiro da Inglaterra.
As primeiras ações militares
receberam duras repressões da metrópole. Embora tenham ocorrido de maneira
desorganizada e intempestiva, ajudaram os moradores das colônias a questionarem
o sistema de exploração e criaram as condições para as futuras guerras.
Entre os mais
importantes movimentos está o liderado por Tupac Amaru II, que lutou
a partir de 1780 pela independência do território peruano.
No primeiro
levante, 60 mil índios foram mortos pelos espanhóis e Tupac Amaru foi preso e
executado. A partir de 1783, revoltas semelhantes ocorreram e foram igualmente
reprimidas na Venezuela e no Chile.
O principal líder
venezuelano foi Francisco de Miranda (1750-1816) que, em 1806, deu os primeiros
passos para a independência das colônias da Espanha. Miranda seguiu o modelo
norte-americano e também o haitiano, quando os escravos se libertaram da
França.
Rebeliões Fracassadas (1810 a 1816)
A ascensão de José Bonaparte (1778-1844) ao trono espanhol, em 1808, intensificou o processo de libertação. Os espanhóis fiéis ao rei se reuniram em Cádiz para resistir ao domínio francês.
Por sua parte, os criollos,
através dos cabildos,
garantiram sua lealdade ao rei Fernando VII, ao não reconhecer José Bonaparte
como rei da Espanha.
O movimento dos criollos,
porém, passou de lealdade para o entendimento de que podiam ser emancipados e movimentos
por liberdade se intensificaram a partir de 1810.
Ao contrário do que ocorreu com o Brasil, neste primeiro
momento, os movimentos de independência não contavam com o auxílio da
Inglaterra. Afinal, este país estava em luta contra o Império
Napoleônico.
Somente em 1815, quando Napoleão foi derrotado pelas tropas
inglesas, as colônias espanholas receberam apoio para a independência concedido
pela Grã-Bretanha.
Com o interesse em novos acordos comerciais, a Inglaterra apoiou
os levantes que começaram em 1817 e perduraram até 1824.
Rebeliões Vitoriosas (1817 a 1824)
Em 15 de junho de 1813, Simón Bolívar
assina o decreto de Guerra até a Morte a todos os espanhóis
Entre as principais
lideranças está Simón Bolívar (1783-1830)
cuja campanha militar resultou na independência de Colômbia, Equador e
Venezuela.
Em troca do apoio
militar fornecido pelos haitianos, Bolívar se comprometeu em abolir a
escravidão em todos os territórios que conquistasse.
A independência da
Argentina, Chile e Peru foi comandada por José de San Martín (1778-1850). Ambos
os líderes se encontraram em Guayaquil, em 27 de julho de 1822, a fim de
combinar estratégias políticas para os novos países.
Quando a maioria
das colônias espanholas já havia feito sua independência, os Estados Unidos
proclamaram a Doutrina
Monroe.
Com o lema "América
para os Americanos", a doutrina resumia-se no combate a intervenções
de caráter militar dos países europeus às nações do continente americano.
Décadas mais tarde
seriam os americanos que fariam o mesmo expulsando os espanhóis de Porto Rico e
Cuba.
Consequências
·
Apesar de ser o desejo de líderes como Simón Bolívar, as colônias
espanholas se fragmentaram em vários países após a Conferência do Panamá.
·
A aristocracia criolla passou a governar os Estados
soberanos emancipados.
·
A economia continuou a se basear na exportação de matérias-primas e ser
dependente da produção industrializada das nações europeias.
·
Manutenção da estrutura colonial onde os brancos eram a elite e índios e
mestiços eram considerados inferiores.
Resumo
Confira abaixo as
datas de emancipação das colônias do continente americano:
·
Estados
Unidos - 1776
·
Canadá - 1867
·
Haiti - 1804
·
Argentina - 1810
·
Paraguai - 1811
·
Chile - 1818
·
México - 1821
·
Peru - 1821
·
Brasil - 1822
·
Bolívia - 1825
·
Uruguai - 1828
·
Equador - 1830
·
Venezuela - 1830
·
Nova Granada - 1831
·
Costa Rica - 1838
·
El Salvador - 1838
·
Guatemala - 1838
·
Honduras - 1838
·
República Dominicana - 1844
·
Colômbia - 1886
·
Cuba - 1898
·
Panamá - 1903
Escrito por Juliana Bezerra
Bacharelada e Licenciada em História, pela PUC-RJ. Especialista em
Relações Internacionais, pelo Unilasalle-RJ. Mestre em História da América
Latina e União Europeia pela Universidade de Alcalá, Espanha.
Atividade
Nome completo:____________________________________________
Série: 8º ano Turma:__________ Data:__________
Marque a alternativa correta
1 - Assinale a opção que contém
um dos objetivos de Simón Bolívar:
a) Emancipar a América Latina como uma
associação comercial unitária, que, posteriormente, daria a origem à ALALC.
b) Desenvolver a industrialização no
continente sob a hegemonia norte-americana para fazer frente à forte economia
inglesa.
c) Desenvolver a solidariedade
continental em torno da hegemonia do Canadá, estabelecendo um intercâmbio
direto deste com todos os países latino-americanos.
d) Estabelecer uma política separatista
respeitando as diferenças culturais e até linguísticas entre os países
latino-americanos.
e) Criar uma Confederação dos Estados
Americanos face à possível contraofensiva da Europa apoiada pela Santa Aliança.
2 - Uma das diferenças essenciais
entre a Independência da América Espanhola e a Independência Brasileira está
no:
a) modelo político adotado, haja vista
que na América Hispânica predominou o modelo republicano, enquanto no Brasil
adotou-se o modelo monárquico.
b) modelo de guerra adotado, já que no
Brasil a guerrilha foi o modelo de combate adotado no processo de
independência.
c) modelo econômico, haja vista que o
Brasil, ao contrário da América Espanhola, sofreu um grave transtorno na
produção agrícola, levando a política colonial ao colapso.
d) carisma do líder, já que Bolívar tinha
menos impacto na consciência da população do que Dom Pedro I.
e) papel do exército, já que, no caso
brasileiro, o exército precisou impedir que Portugal retomasse o Brasil como
sua colônia.
3 - Apesar de
utilizarem um discurso de libertação dos povos americanos da dominação
espanhola, indicando que haveria liberdade e melhoria nas condições sociais, os
líderes das independências das colônias hispano-americanas tinham, na verdade,
interesses na manutenção de uma estrutura de poder político e econômico que
beneficiava apenas as elites coloniais. Qual das alternativas abaixo indica
corretamente o nome pelo qual ficaram conhecidas estas elites?
a.
Chapetones.
b.
Burgueses.
c.
Aristocratas.
d.
Criollos.
e.
Latifundiários.
4 – Responda
a)
Qual era a principal intenção da Doutrina Monroe?
b)
Quais foram os principais movimentos pela emancipação das
colônias espanholas?
1LETRA A
ResponderExcluir2LETRA A
3LETRA D
MANUEL DA COSTA DANTAS
WANDERSON RAIMUNDO ROCHA DE OLIVEIRA
ResponderExcluir1LETRA A
2LETRA A
3LETRA D