Período regencial

                      Escola Municipal Hermenegildo B. de Oliveira

Disciplina: História - 2021

Série: 8º  ano do vespertino – Aula: 02

Professor: Itamiram Alves (Iram)

Aula semanal: 26 à 30/04/2021                      

Carga horária: 03 horas aulas 

O período regencial, compreendido entre a abdicação de D. Pedro I e a maioridade de D. Pedro II, foi marcado por revoltas e disputas em todo o Império, atingindo algumas importantes províncias, de norte a sul da recente nação.

Durante o decênio do período regencial (1831 – 1840) as revoltas explodiram no país, por diversas causas. Assim, não é possível pensar nessas revoltas de forma homogênea, atribuindo apenas uma única causa, uma mesma motivação, embora, a perda de uma ideia de legitimidade – existente enquanto D. Pedro I esteve à frente do trono – possa ser considerado um fator relevante. A desestabilização do Império levou também a disputas entre as elites provinciais.

Cabanagem (1835 – 1840) - Pará

No Pará, uma minoria branca, composta de pequenos comerciantes portugueses, franceses e ingleses estava concentrada em Belém, por onde fluía uma pequena produção de tabaco, borracha, cacau e arroz. A maioria da população era formada por indígenas, escravizados e dependentes. Com uma tropa com negros e indígenas em sua base, a Cabanagem atacou e conquistou Belém, estendendo-se até o interior. Os revoltosos declararam a Independência do Pará, mas não apresentaram nenhuma saída efetiva para o estado. Os ataques concentravam-se aos estrangeiros e aos maçons e defendiam a Igreja Católica, D. Pedro II, o Pará e a liberdade, embora não tenham abolido a escravidão, mesmo com muitos africanos entre os cabanos rebeldes. A rebelião foi vencida pelas tropas legalistas.

Sabinada (1837 – 1838) – Bahia

O nome atribuído à revolta, Sabinada, remete ao nome de seu principal líder, Sabino Barroso, um jornalista e professor da Escola de Medicina de Salvador. Ocorrida em Salvador, na Bahia, a revolta tinha uma boa base de apoio, especialmente entre as classes médias e comerciantes de Salvador, que já apresentavam ideias federalistas e republicanas. O movimento separou os escravos entre nacionais – nascidos no Brasil – e estrangeiros – nascidos em África – e buscou comprometimento em relação aos escravos. Caso a revolta tivesse sucesso e a tomado do poder se concretizasse, os escravizados nacionais que tivessem pegado em armas seriam libertados. Mas, as forças governamentais logo recuperaram a cidade de Salvador, numa luta violenta que gerou aproximadamente 1800 mortes.

Balaiada (1838 – 1840) – Maranhão

Balaiada foi uma revolta ocorrida no Maranhão, iniciada por conta de disputas entre as elites locais. Em uma área ao sul do Maranhão, com pequenos produtores de algodão e criadores de gado. Os revoltosos tiveram como líderes Raimundo Gomes e Francisco dos Anjos Ferreira, um vendedor de balaios. É de seu ofício que vem o nome de revolta maranhense. Enquanto Ferreira tinha uma motivação pessoal ao entrar na revolta – vingar sua filha violentada por um capitão da polícia, Cosme, um outro líder, aparece à frente de três mil escravos fugidos que se juntaram à Balaiada. Os revoltosos saudavam a Igreja Católica, a Constituição e D. Pedro II e não apresentavam grandes preocupações sociais ou econômicas. Logo foram derrotados, em meados de 1840, pelas tropas do governo. O líder Cosme foi enforcado em 1842 enquanto a anistia aos revoltosos esteve condicionada à reescravização dos negros rebeldes.

Revolta do Malês (1835) - Bahia

Revolta do Malês foi organizada por muçulmanos de origem Iorubá – nagôs – que viviam na Bahia. Durou menos de um dia, mas é uma importante revolta que demonstra a organização entre os sujeitos escravizados no período. Com a maioria da população de origem africana, esta era uma questão latente na Bahia. Escravos e libertos urbanos circulavam pela cidade e dividiam os trabalhos diários – e às vezes até as moradias – formando laços de sociabilidade e solidariedade, que facilitavam as ações políticas. Os trabalhadores urbanos mais alguns escravos de engenho decidiram se rebelar com a intenção de formar uma Bahia Malê, que seria controlada por africanos, tendo à frente representantes muçulmanos. Mesmo intencionando a tomada de poder, logo a revolta foi controlada.

Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos (1835 – 1845)

Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos Foi a mais longa e duradoura das revoltas do período regencial, deflagrada por conta de aumentos de impostos. Mas, em 20 de setembro de 1835 foi proclamada a República Rio-Grandense, tendo como líder Bento Gonçalves que governou a província em 1837. Com o comando de Giuseppe Garibaldi proclamaram em Santa Catarina a República Juliana. A revolta ultrapassou o período regencial e só foi finalizada no segundo reinado.

Referências:

http://www.revistadehistoria.com.br/secao/dossie-imigracao-italiana/o-sonho-da-bahia-muculmana

FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2007.

                                       Atividade - 02

Nome completo:___________________________________________

Série: 8º ano   Devolutiva: 04/05/2021

1 - Por ser o herdeiro de menor idade, a abdicação de D. Pedro I, em 1831, resultou na formação de governos regenciais que, até 1840, enfrentaram inúmeras dificuldades para manter a integridade territorial do Império. Entre as várias rebeliões irrompidas nas províncias, a ocorrida no Maranhão notabilizou-se pela diversidade social dos insurgentes, entre os quais não faltaram escravos a quilombolas.

A revolta mencionada denomina-se:
a) Cabanagem
b) Praieira
c) Farroupilha
d) Revolta dos Malês
e) Balaiada

2 - Movimento que pretendia proclamar a República Baiense, que deveria existir durante a menoridade de D. Pedro. Com a maioridade, seria abolida a República e a Bahia integrar-se-ia ao Império - 1837.
a) Farroupilha
b) Sabinada
c) Balaiada
d) Cabanagem
e) Revolta Praieira

3 - Do ponto de vista político podemos considerar o período regencial como:
a) uma fase extremamente agitada com crises e revoltas em várias províncias, geradas pelas contradições das elites, classe média e camadas populares.   
b) um período em que as reivindicações populares, como direito de voto, abolição da escravidão e descentralização política foram amplamente atendidas.
c) uma transição para o regime republicano que se instalou no país a partir de 1840.
d) uma época conturbada politicamente, embora sem lutas separatistas que comprometessem a unidade do país.
e) uma etapa marcada pela estabilidade política, já que a oposição ao imperador Pedro I aproximou os vários segmentos sociais, facilitando as alianças na regência.

4 - O período regencial brasileiro (1831/1840) foi marcado por revoltas em quase todas as províncias do Império, em meio às lutas políticas entre os membros da classe dominante. Uma das tentativas de superação desses conflitos foi a aprovação, pelo Parlamento, do Ato Adicional de 1834, que se caracterizava por:
a) substituir a Regência Una pela Regência Trina.
b) fortalecer o Legislativo e o Judiciário.
c) conceder menor autonomia às Províncias.
d) extinguir os Conselhos Provinciais.
e) estimular o desenvolvimento econômico regional.

5 - 6 — Assinale a alternativa que contenha as rebeliões regenciais que ocorreram durante o Período Regencial.
a) Revolta dos Malês; Cabanagem; Revolução Pernambucana; Balaiada; Guerra dos Farrapos.
b) Revolta dos Malês; Cabanagem; Sabinada; Balaiada; Inconfidência Mineira.
c) Revolta dos Malês; Conjuração Baiana; Sabinada; Balaiada; Guerra dos Farrapos.
d) Revolta dos Malês; Cabanagem; Sabinada; Balaiada; Guerra dos Farrapos.   

2 Comentários

  1. Aluno: Wanderson Raimundo Rocha de Oliveira
    Série: 8°2
    1- Letra E
    2- Letra B
    3- Letra A
    4- Letra D
    5- Letra A

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  2. Aluna: Monaliza Beatriz da Silva Souza

    1-letra E
    2-letra B
    3-letra A
    4-letra D
    5-letra A

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