Escola Municipal Hermenegildo B. de Oliveira
Disciplina: História - 2021
Série: 8º ano do vespertino – Aula: 08
Professor: Itamiram Alves (Iram)
Aula semanal: 14 à 18/05/2021
Carga horária: 03 horas aulas
O Brasil nas primeiras décadas de sua independência sofreu uma grave crise econômica, resultado da decadência da mineração e da produção de açúcar. Entretanto, o interesse do mercado europeu e, posteriormente, dos EUA pelo café proporcionou um novo impulso à economia do Brasil. A partir da década de 1830, o café transformou-se no motor da economia do Segundo Reinado.
As primeiras mudas de café foram plantadas no norte do país, na segunda metade do século XIX. Mas nessa região não havia solo e clima propício para a produção do café em larga escala. Um solo propício à cultura cafeeira era o existente no sudeste do país. As primeiras grandes lavouras localizaram-se nos brejos e pântanos drenados da baixada fluminense. A partir desse local, os cafezais iriam se estender para o oeste de São Paulo e para o sudoeste de Minas Gerais.
Diferentemente do início da produção de cana-de-açúcar no período colonial, os capitais iniciais necessários às lavouras foram provenientes dos próprios fazendeiros ou de alguns comerciantes, como os que realizavam o transporte de mercadorias na região de Sorocaba, interior de São Paulo. Na sua origem, o café não necessitou do investimento externo.
A força de trabalho utilizada na produção do café foi inicialmente a de africanos escravizados e, até o fim do Império, eles compuseram a maior parte da força de trabalho nos cafezais. Porém, a pressão inglesa pelo fim do tráfico de escravos no Atlântico e as lei de proibição do tráfico, como a Lei Eusébio de Queiróz de 1850, dificultavam o acesso aos escravos. Seus preços subiram, tornando-se uma força de trabalho extremamente dispendiosa. Era necessária outra forma de organizar a força de trabalho nos cafezais, que passasse para a utilização de trabalhadores livres.
A saída foi estimular a imigração de famílias europeias, principalmente em São Paulo. O trabalho livre era mais dinâmico economicamente que o trabalho escravo por estimular o mercado interno e pela possibilidade de introduzir novas técnicas de plantio, como a mecanização. Não havia interesse do escravo em trabalhar dessa forma, o que impedia o aumento da produtividade. Além do mais, essas novas técnicas fomentavam a produção de ferramentas e outros utensílios necessários às lavouras, nas regiões próximas às fazendas.
Na imigração, o fazendeiro financiava a vinda das famílias europeias em troca do trabalho em suas lavouras. Esse método inicial ficou conhecido como parcerias. Porém, o não cumprimento de cláusulas contratuais pelos fazendeiros geraram inúmeros conflitos, sendo o mais notório o ocorrido na fazenda do senador Nicolau de Campos Vergueiro, em 1856, em Ibicaba.
A partir desse momento, as parcerias foram abandonadas. O interesse do governo imperial no crescimento da produção cafeeira levou o Estado a financiar a vinda dos imigrantes através de subsídios. Em virtude do maior dinamismo econômico decorrente do trabalhador livre, alguns fazendeiros, principalmente de São Paulo, passaram a defender o fim da escravidão no país.
A força econômica do café foi tamanha que garantiu o superávit da balança comercial brasileira entre 1861 e 1885. Na década de 1880, o café respondia por cerca de 61% das exportações do Império.
A produção cafeeira fez surgir ainda outras atividades econômicas veiculadas ao beneficiamento, transporte e à venda do café. Os fazendeiros tornaram-se acionistas de empresas. Apareceu também o comissário do café, que trabalhava nas casas de comércio externo, participando ainda da organização da produção e da logística de transporte. Tal atividade proporcionou aos comissários o acúmulo de capital, que serviu para formar instituições financeiras e empresas de importação.
O café ainda estimulou a incipiente modernização da sociedade brasileira. Teve início o processo de urbanização de alguns locais, principalmente a cidade do Rio de Janeiro e São Paulo, e mesmo no interior paulista, na segunda metade do século, cidades como Campinas e Sorocaba urbanizaram-se a partir do capital acumulado pelos fazendeiros.
O principal símbolo da modernização estava nas ferrovias. A primeira ferrovia foi construída entre Rio de Janeiro e Petrópolis, em 1854. A partir daí, esse meio de transporte teve uma grande expansão. Com as ferrovias, os custos do transporte do café diminuíram consideravelmente, facilitando ainda a ligação com os portos exportadores, principalmente o de Santos, no litoral paulista. A expansão ferroviária brasileira contou com capitais brasileiros e estrangeiros, principalmente os ingleses.
A passagem das ferrovias por regiões interioranas favorecia o contato da população com as inovações técnicas do capitalismo, causando um grande impacto no país.
Por: Tales Pinto
Atividade
Nome completo:__________________________________________________________
Série: 8º ano Turma:___________ Data:_____________
Marque a alternativa correta
1 - Em relação ao Segundo Reinado e à economia cafeeira, é incorreto afirmar que:
a) o cultivo do café tornou-se o estabilizador da economia do império, reforçando o sistema de dominação dos senhores rurais.
b) a decretação do Bill Aberdeen ampliou o mercado consumidor de café no Oeste Paulista e região do Vale do Paraíba, consolidando o escravismo.
c) de 1830 a 1880, quase toda a energia econômica voltou-se para o cultivo do café, que se expandia consideravelmente.
d) as estradas de ferro foram aparecendo em decorrência do aumento das regiões cultivadas e da necessidade de solucionar a questão dos transportes.
e) a solução para a falta de mão de obra cafeeira após 1850 apoiou-se no incentivo à imigração, cujas primeiras iniciativas estavam ligadas à firma Vergueiro&Cia.
2 - No século XIX, a Inglaterra pressionou diversos países para acabar com o protecionismo comercial e com a existência do trabalho compulsório. Esta situação culminou, em 1845, com o “Bill Aberdeen”. Neste contexto o Brasil sancionou, em 1850, a “Lei Eusébio de Queirós” tratando:
a) da extinção do sistema de parceria na lavoura cafeeira;
b) da manutenção dos arrendamentos de terras;
c) da extinção do tráfico indígena entre o norte e o sul do país;
d) da manutenção do sistema de colonato na lavoura canavieira;
e) da extinção do tráfico negreiro.
3 - A economia cafeeira foi o principal esteio econômico do Segundo Reinado, sendo desenvolvido seu cultivo em grande escala primeiramente:
a) no Oeste do RN
b) no Sul da Bahia
c) no Norte do Pará
d) na baixada fluminense
e) no Oeste paulista
4 - A expansão da economia do café para o Oeste Paulista, na segunda metade do século XIX, e a grande imigração para a lavoura de café trouxeram modificações na história do Brasil, como:
- a) o fortalecimento da economia de subsistência e a manutenção da escravidão.
- b) a diversificação econômica e o avanço do processo de urbanização.
- c) a divisão dos latifúndios no Vale do Paraíba e a crise da economia paulista.
- d) o fim da república oligárquica e o crescimento do movimento camponês.
- e) a adoção do sufrágio universal nas eleições federais e a centralização do poder.
- a) Setor de transportes marítimos.
- b) Setor de transportes fluviais.
- c) Setor de transporte ferroviário.
- d) Setor de transporte rodoviário.
MANUEL DA COSTA DANTAS 8:2
ResponderExcluir1LETRA A
2LETRA E
3LETRA E
4LETRA A
5LETRA C
Aluno:Wanderson Raimundo Rocha de Oliveira
ResponderExcluir1-LETRA A
2-LETRA E
3-LETRA E
4-LETRA A
5-LETRA C